Nesta sexta-feira (18) é celebrado o Dia Mundial da Menopausa, data de conscientização acerca de uma fase da vida natural para todas as mulheres. Tempo Novo conversou com uma ginecologista e duas moradoras da Serra a fim de desestigmatizar a menopausa.
A ginecologista especialista em cirurgia minimamente invasiva e endocrinologia feminina, Patrícia Leite Rodrigues, explica que a menopausa é a fase da vida da mulher que marca o fim do ciclo menstrual e da capacidade reprodutiva.
Apesar de natural e iminente, a menopausa carrega consigo uma série de estigmas. “Dentre eles estão a associação da menopausa com o envelhecimento e a perda de juventude; a perda de feminilidade e atração; o aumento de peso e a perda de energia; e a diminuição da libido e do prazer sexual”.
Geralmente, a menopausa começa entre os 45 e 55 anos, mas pode variar de acordo com fatores individuais e genéticos. Como o caso de Dina Oliveira, hoje com 70 anos conta que as 40 entrou na menopausa. “Para mim foi um alívio, já tinha tido meus filhos e a chegada do período menstrual era sempre difícil, nunca consegui me acostumar”.
Para a empresária Maria Araújo, que passou aos 43 anos por uma histerectomia, a chegada da menopausa foi um choque. “No início não aceitei bem por medo de perder minha juventude. Hoje, aos 60 anos, entendo que desde então vivo minha melhor fase, me sinto segura de uma forma que jamais me senti aos 30”.
Como encarar a fase de maneira leve?
A especialista ressalta que a manutenção desses estigmas contribui para a dificuldade encontrada por muitas mulheres em atravessar o período, para além dos sintomas físicos.
“É importante que as mulheres saibam que existe uma vida plena e saudável após a menopausa. Ela pode ser um período de liberdade, autoconhecimento e realização pessoal”, alerta a ginecologista.
Dra Patrícia Leite explica que para se preparar para a menopausa é essencial:
- Buscar informações e entender o processo;
- Manter uma alimentação saudável e exercícios regulares;
- Realizar exames de saúde ginecológica e geral
- Avaliar sobre Terapia Hormonal ou Alternativa de acordo com cada caso e com o ginecologista que acompanha
- Fortalecer relacionamentos de amizade, familiar e amoroso;
- Aproveitar novas oportunidades e explorar interesses.