Na tarde desta quarta-feira (29), câmeras de videomonitoramento registraram três adolescentes pichando mensagens ameaçadoras de possíveis massacres no muro da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Carla Patrícia, em Balneário de Carapebus. A Guarda Municipal da Serra (GCM) identificou rapidamente os autores das frases.
O Jornal Tempo Novo teve acesso com exclusividade as imagens do Olho Vivo – cerco eletrônico da Serra. Os vídeos mostram o momento em que os três adolescentes se aproximam da unidade escolar e escrevem as ameaças nos muros.
De acordo com a Prefeitura da Serra, desde o surgimento de boatos recentes envolvendo crimes em escolas, as secretarias municipais de Defesa Social (Sedes) e Educação (Sedu) intensificaram as medidas de segurança para tranquilizar a população.
Vale ressaltar que essa não é a primeira ameaça de massacre registrada em uma escola da Serra durante este ano. Somente no mês de março, o Jornal Tempo Novo noticiou quatro boatos de possíveis ataques às escolas (entenda mais abaixo).
O Município ainda afirmou que as escolas da rede municipal de ensino da Serra estão integradas com o Olho Vivo e os agentes da Guarda Civil Municipal realizam visitas diárias no entorno das unidades de ensino.
O secretário da Defesa Social, Joel Lyrio, explicou que o projeto Serra Protege é uma parceria entre a Secretaria de Defesa Social e a Secretaria Municipal de Educação, que visa implementar ações preventivas nas escolas municipais.
“É importante ressaltar que a ação rápida da Guarda Municipal da Serra e a integração das escolas com o programa Olho Vivo foram fundamentais para identificar os autores da pichação na escola municipal e para garantir a segurança dos alunos e funcionários da instituição”, destacou o secretário.
Ele também destacou que o programa de câmeras de videomonitoramento nas escolas municipais, em conjunto com o Projeto Olho Vivo, constitui o maior programa de segurança municipal do Espírito Santo.
A secretária de Educação, Luciana Galdino, ressaltou a importância de alertar as famílias sobre a necessidade de conversar com os filhos para que não compartilhem informações falsas ou se envolvam em situações que causem pânico. Ela também destacou as consequências de falsas ameaças no dia a dia escolar, como a suspensão de aulas e o abalo emocional.
“Faz-se necessário que as famílias estabeleçam uma relação de diálogo, orientação e acompanhamento familiar com seus filhos. As famílias precisam saber com quem seus filhos conversam e o que fazem nas redes sociais e nos grupos de amigos”, enfatizou a secretária.
Em março, a reportagem do Jornal Tempo Novo noticiou 4 casos de ameaças de massacre em escolas na Serra. No entanto, o número é maior, isso porque segundo informou a Polícia Civil, somente na semana passada foram recebidas cinco denúncias de supostos ataques em escolas do município.
De acordo com a PC-ES a instituição está “atenta a todos os casos e dando a seriedade e tratamento necessários a cada situação em específico” e ratificou que todos os “casos estão em investigação”. Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil disse ainda que “em um dos casos a ameaça foi feita diretamente a um professor e alunos, o autor foi identificado, e a ocorrência foi encaminhada para a Delegacia do Adolescente em Conflito com a Lei (Deacle) por se tratar de adolescente de 12 anos”. A nota termina acrescentando que o jovem autor das ameaças “também fazia apologia ao nazismo”.
Lembrando que apologia ao nazismo é tipificada como crime no Brasil, conforme previsto na Lei nº 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. O artigo 20 da referida lei estabelece que é crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, bem como “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
1ª ameaça: numa segunda-feira, no dia 06 de março, por meio de mensagens anônimas em redes sociais, um indivíduo autointitulado “anjo da morte” afirmou que faria um ataque na escola estadual Iracema Conceição da Silva, em Chácara Parreiral, e citou diretamente a diretora da unidade escolar.
2ª e 3ª ameaça: na sexta-feira, dia 24 de março, foram registradas mais duas ameaças de massacre em escolas da Serra, todas no bairro Cidade Continental: a Escola Municipal Irmã Cleusa, no setor Europa, e a outra na Escola Estadual Zumbi dos Palmares, setor Oceania. As ameaças foram feitas por meio de um perfil falso no Instagram.
4ª ameaça: na segunda-feira, dia 27 de março, novamente pais, alunos e professores da escola Irmã Cleusa, em Cidade Continental, foram surpreendidos com o boato de atentado. Um indivíduo pichou no muro da escola a frase “Massacre 30/03”.
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