O morador da Serra, Marcos Soares Moreira, de 40 anos, preso por 120 dias acusado de participação nos episódios antidemocráticos do dia 8 de janeiro em Brasília, voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele utilizou o aplicativo TikTok para proferir xingamentos de baixo calão, muitos de cunho homofóbico, e acusações diversas dirigidas especialmente ao ministro Alexandre de Moraes.
Marcos é conhecido entre os seguidores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro como ‘Patriota Capixaba’. Ele saiu recentemente do Centro de Detenção Provisória II do Complexo da Papuda, localizado no Distrito Federal. Nas redes sociais, ele se apresenta também como “pré-candidato a vereador em Serra-ES”. Seu vídeo já ganhou repercussão nacional.
No vídeo, repleto de declarações gravíssimas, Marcos afirma sofrer perseguição política e desafia: “Me prenda novamente, não estou com medo, para mim é indiferente”. Ele chama Moraes de “bandido”, “vagabundo”, “canalha” e profere uma série de outros xingamentos homofóbicos impublicáveis. Marcos também acusou o ministro de ter ligações com o Primeiro Comando da Capital, o PCC.
O caso já repercutiu entre diversas lideranças do país; entre os que reagiram está a deputada e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, que compartilhou uma parte do vídeo do morador da Serra e escreveu: “a lavagem cerebral promovida pelo bolsonarismo é uma praga”.
Marcos Soares Moreira tem também compartilhado publicações convocando seguidores para um novo ato no dia 12 de outubro, que deve acontecer em várias cidades do país. Marcos já fez trabalhos como modelo e é conhecido por atuar em uma empresa de fabricação própria de cortinas. Desde a vitória de Lula à presidência, ele esteve acampado em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha. No dia 7 de janeiro, o grupo foi para Brasília participar dos atos antidemocráticos. Marcos foi um dos capixabas presos acusados de participação nos atos.
Marcos foi solto recentemente por decisão de Moraes, mas utiliza tornozeleira eletrônica. Ele é réu em um inquérito de relatoria do próprio ministro, que busca identificar os responsáveis pelos crimes ocorridos no dia 8 de janeiro, além de incitação ao crime e associação criminosa.
Veja vídeo:
@betolins918 Preso do 08/01, teve coragem de vir à público, contar sua estória.