Pouco mais de um mês depois da restinga de Bicanga ser destruída pelo fogo a área de preservação voltou novamente a ser atacada pelas chamas criminosas. Desta vez, a vegetação nativa foi alvo de um incêndio na manhã desta terça-feira (19).
O fogo acontece no ponto de final do Transcol que fica entre Bicanga e Balneário Carapebus, mesmo local que foi alvo de incêndio no último dia 7 de março.
Uma moradora que não quis se identificar reclama da falta de fiscalização ambiental e sugere que o município instale câmeras para inibir este tipo de ação. “O fogo não pegou sozinho. Quando a restinga estava se recuperando do último incêndio, vem as chamas novamente para destruir. A gente não sabe dizer se isso é uma bituca de cigarro jogada que ajudou a queimar a vegetação ou se algum morador daqui mesmo ateou fogo em algum lixo. Para inibir este tipo de problema, poderiam haver câmeras de videomonitoramento, já que a população não tem consciência”.
Outro morador reclama das cinzas que invadem as casas. “Além de ser um crime contra o meio ambiente, pois a restinga é área de preservação permanente, e é importante para evitar erosões, as cinzas sujam as casas das pessoas que moram próximo dali. Tem pessoas com problemas pulmonares e a fumaça agrava a doença. Precisamos de mais fiscalização”.
O morador disse ainda que é comum encontrar andando pela praia de Bicanga muito lixo. “Descartam de tudo, fraldas, garrafas de vidro e plástico. Na restinga, fazem churrasco, estacionam veículos. Não respeitam nada”.
A vegetação de restinga é importante para evitar processos erosivos nas praias e é proibido ocupar estes espaços, estacionar veículos, realizar churrascos ou qualquer outra ação que prejudique a planta.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e este no local prestando atendimento. O Tempo Novo procurou a Prefeitura da Serra que disse que foi constatada que a queima é irregular. Entretanto, não foi possível localizar os infratores. Cerca 500 metros quadrados foram queimados. A secretaria de Meio Ambiente da Serra irá proceder a fiscalização sistemática na região e pede que denúncias sejam encaminhadas pelo contato: 99951-2321.