A Serra é a terceira cidade do Espírito Santo que mais aplicou a primeira dose de vacina contra a Covid-19 na população. Até a tarde desta terça-feira (20), 68.796 pessoas já haviam recebido a primeira dose da vacina e 30.434, a segunda dose.
E se a Anvisa liberar a vacina russa Sputnik V e os estados e municípios forem autorizados a fazer aquisição direta do imunizante dos laboratórios, o prefeito da Serra, Sergio Vidigal, disse ao TEMPO NOVO que tem interesse em fazer a compra direta da vacina, por se tratar de um investimento.
“A gente gostaria muito se pudesse fazer a aquisição porque isso não é gasto, é investimento. E infelizmente, nós entramos em um consórcio, que foi feito por meio da Federação Nacional de Municípios. Nós participamos. Até o momento, tem muito movimento, gente dizendo que tem vacina para vender, mas até agora essas vacinas não foram liberadas pela Anvisa. A única coisa nova que surgiu foi a decisão do Lewandowski, provocada pelo governador do Maranhão, em relação à Sputnik, que ele coloca, se a Anvisa não definir até o final de abril sobre o licenciamento ou não da vacina dá liberdade ao Governo do Maranhão para fazer a aquisição. Por decisão judicial, a única expectativa que a gente tem, a curto prazo, para aquisição”, disse Vidigal.
O prefeito também se preocupa com a quantidade de marcas de vacinas que estão no mercado e frisou que a Sputnik V possui fábrica no Brasil, o que facilitaria a compra do imunizante.
“Seria a União Farmacêutica. Nossa preocupação com esse monte de marca de vacina, é de dar trabalho da primeira para a segunda dose; tem que ter uma organização com cuidado. A da Johnson, é uma dose só, mas estão revendo nos Estados Unidos; recentemente mandaram suspender para avaliação em relação aos efeitos colaterais que estariam trazendo”.
Cientistas russos concluíram que a vacina Sputnik V tem eficácia de 97,6% no “mundo real”, de acordo com uma avaliação envolvendo 3,8 milhões de pessoas. O anúncio foi feito pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, e o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF) na última segunda-feira (19). O estudo no “mundo real” é mais amplo e apresenta evidência científica mais clara e confiável para mudança no padrão de tratamento.
A maior parte da população vacinada no ES recebeu a vacina do Instituto Butantan, de São Paulo que produz a Coronavac e que é aplicada em duas doses e a capital Vitória é quem recebe a maior quantidade de doses quando o Ministério da Saúde entrega carregamentos ao Governo do Estado e Vidigal explica o por que desta diferença. “O Plano Nacional de Imunizações prioriza as capitais. Qualquer capital do Brasil tem um percentual de cobertura vacinal muito maior do que as cidades do entorno. Segundo, quando vai definindo por fases, quando pega a fase de população mais idosa, a população de Vitória tem um percentual de idosos maior do que a da Serra. Se você pega a população de trabalhadores da área da saúde, Vitória tem muito mais porque lá tem equipamentos de saúde, público e privado, do que a Serra, e acaba tendo um quantitativo maior, mas quando vai avançando isso, vai se igualando. Mas se pegar todas as capitais do Brasil todos têm me média, 16%, 17% de cobertura vacinal feitas da Covid”.
Na Serra, já são 52.074 casos confirmados do novo coronavírus, 1.033 pessoas perderam a vida devido complicações da doença e 49.885 se curaram da enfermidade.