Após a polêmica gerada pelo Governo Bolsonaro ao anunciar que o corte de 30% na Educação que irá afetar diretamente as universidades e institutos federais, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) cobrou explicações sobre as medidas ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e adiantou que os cortes podem ser “reavaliados”, segundo teria informado o ministro.
Em reunião realizada com o ministro, Vidigal afirmou que estava preocupado com o futuro das instituições que sofreriam o corte. “Os investimentos em educação são prioritários. Portanto, viemos aqui para defender que nossas universidades e institutos federais não sejam prejudicados”, afirmou o deputado durante a reunião. Ainda segundo o parlamentar, o ministro teria dito a ele que os cortes poderão “ser reavaliados”, caso houvesse melhorias nas contas públicas.
Nesta semana, o Tempo Novo noticiou que, por meio das redes sociais, o deputado federal parecia amenizar os cortes na área da Educação, anunciados pelo Governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em seu Facebook, Vidigal declarou que não se trataria de “corte de despesas, e sim, contingenciamento” e que teria recebido essa garantia do próprio ministro da Educação, Abraham Weintraub, que é o responsável direto pela polêmica medida.
Mas de acordo com a assessoria de comunicação do parlamentar, Vidigal não amenizou a medida ao caracterizar a redução de repasses como “contingenciamento” e reafirmou que está muito preocupado com a saúde financeira das instituições de ensino e o rebatimento que essa política pode ter na oferta e na qualidade do ensino no Brasil.
Entenda os cortes do Governo Bolsonaro
Toda a polêmica dos cortes do Governo Bolsonaro começou quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que iria cortar 30% das universidades federais, que estariam, segundo ele, provendo “balbúrdia”. “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o ministro
Na ocasião, o ministro acusou de promover “balbúrdia” a UnB (Universidade de Brasília), a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a UFF (Universidade Federal Fluminense), e que os cortes seriam apenas nessas instituições.
Após a polêmica gerada e acusações de perseguição contra as instituições, o Ministério da Educação disse que não realizaria o corte apenas nas universidades que “promoveriam balbúrdia”, mas que o contingenciamento seria em todos os institutos e universidades federais.
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