Entrevista: prefeito eleito Sergio Vidigal

Vidigal quer credenciar clínicas e laboratórios privados para atender gratuitamente a população

A reportagem entrevistou Vidigal na última semana e fez diversas matérias sobre suas propostas. Foto: Ana Paula Bonelli

O TEMPO NOVO entrevistou o prefeito eleito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT). Durante a conversa, que durou aproximadamente 45 minutos, ele apresentou suas ideias e projetos para os próximos quatro anos da Prefeitura da Serra. A reportagem decidiu fatiar a entrevista em várias matérias para facilitar a visualização do conteúdo ao leitor. Nesta, trataremos sobre uma fala de Vidigal, onde ele diz que quer credenciar clínicas e laboratórios privados para atender gratuitamente a população com serviços de qualidade e enxugar o custo da máquina pública.

Para isso, Vidigal disse que defende parceria com instituições filantrópicas para realização de exames e oferecimento de especialidades médicas. “O município tem que manter o serviço de qualidade e reduzir o custo. A saúde secundária eu defendo credenciamento de clínicas e laboratórios. Porque você vai lá e monta um serviço de saúde, não adianta ter só o profissional, tem que ter o serviço tecnológico, que atende média e alta complexidade. Aí vou lá e monto e daqui a pouco meu ultrassom por mil motivos, não sei quais, para de funcionar, o meu profissional fica parado, porque eu vou ter que consertar o equipamento, a população fica sem o atendimento e o custo fica lá instalado”, defende.

Segundo Vidigal, o credenciamento e clínicas e laboratórios será feito com valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Eu vou botar a tabela do SUS, quem quiser se habilitar se credencia”, destaca.

Já na saúde primária, aquela que é realizada pelas unidades básicas de saúde, Vidigal defende que a Prefeitura tenha estrutura própria. “Na saúde primária, porque nessa é uma coisa que o município tem que ter mais pertencimento. Neste caso, defendo que tem que ter estratégia da família, do entorno. Então temos que ter a visão de diminuir o tamanho da máquina, garantir um serviço de qualidade, garantir acesso à educação e a saúde a população de renda menor”.

Vidigal também disse que vai investir em tecnologia. “Qual minha visão da saúde, é fortalecer a questão primária e como fortalecer? Não é simplesmente o salário, é criando outros mecanismos de valorização baseado no desempenho daquela equipe. Reduziu mortalidade infantil, reduziu o número daquela região de pacientes que vai para a Unidade Pronto Atendimento (UPA). Tudo isso vai para questão da valorização da equipe, não só do médico ou do enfermeiro em si, mas da equipe como um todo”.

Sergio Vidigal não especificou de qual forma será esta valorização, mas disse que está estudando uma metodologia.

A Serra possui 38 unidades de saúde, que promovem a saúde primária – que consiste na promoção e na proteção da saúde, na prevenção de agravos, no diagnóstico, no tratamento, na reabilitação, na redução de danos e na manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades.

A cidade também possui três Unidades de Pronto Atendimento (UPA), na Serra Sede, Castelândia e Carapina.

Sem reajuste para servidores em 2021

Vidigal adiantou que no primeiro ano de governo, não será possível conseguir dar reajuste para o funcionalismo público da Serra. “Lógico que no primeiro ano não tem como conseguir dar um reajuste, não é porque eu não quero, é porque a legislação não permite, baseado no veto do presidente da república por conta da pandemia”, disse o prefeito eleito que acrescentou que irá criar ferramentas tecnológicas que irão aumentar o desempenho do servidor e com isso ganhar mais.

“Eu creio que hoje se a gente conseguir contratar ferramentas tecnológicas, melhorar eficiência, criatividade, produtividade, isto pode ser revertido também em benefício para o servidor. Vamos precisar qualificá-lo também para trabalhar com estas ferramentas. O setor público hoje é analógico. Uma das coisas boas da Covid-19, é que desnudou o quanto o setor público está atrasado no tempo em relação a estas ferramentas. Então a gente pode ao economizar de um lado, para poder valorizar o outro”, afirma.

Vidigal disse também que irá mudar o nome da Secretaria de Administração para Secretaria de Gestão e Recursos Humanos. “Estamos trazendo o modelo, que o que o Governo do Estado implementou com o subsídio, eu acho que nele a gente consegue fazer uma composição melhor para o servidor”.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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