O deputado federal e ex-prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT-ES), não conseguiu convencer seu partido de devolver o Ministério do Trabalho para a presidenta Dilma Rousseff. A decisão de permanecer com o Ministério e na base aliada do governo foi da Executiva Nacional pedetista nessa terça.
Conforme a assessoria do deputado, o encontro contou com deputados, senadores e presidentes dos partidos nos estados. A substituição do ministro do trabalho, Manoel Dias – que esteve presente na reunião – noticiada na última semana, não entrou em pauta. Na oportunidade, Vidigal (PDT-ES) defendeu a independência do partido, mas sem partir para a oposição.
Para Vidigal se o PDT entregasse o Ministério do Trabalho teria mais autonomia e independência nas votações da Câmara e do Senado. “Sou favorável a entregar o ministério para que possamos trabalhar e votar de forma independente. Porém, sou contra sair da base para virar oposição”, afirmou.
O deputado aponta falta de autonomia do Ministério do Trabalho, que perdeu muitas atribuições nos últimos anos. “Tiraram o Pronatec e levaram para o Ministério da Educação”. Já no caso do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), Vidigal reclamou que o Ministério do Trabalho não teve participação.
“Vale a pena continuar na base do governo desta forma? Precisamos ser respeitados”, disparou o deputado.
Impeachment
Já quanto a um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em função do seu suposto envolvimento na operação Lava a Jato, Vidigal foi bem mais ponderado.
“É preciso apurar a fundo as suspeitas. O pedido de impeachment é muito sério e não pode ser tomada com base em especulações. Não vejo ambiente para o impeachment”, avaliou.
Uma nova reunião da executiva nacional do PDT foi marcada para depois do recesso parlamentar, o dia não foi definido, mas o encontro deve ocorrer no mês de agosto.