O ano de 2024 chegou trazendo uma importante responsabilidade para os eleitores da Serra, já que haverá eleições municipais no país. Assim, os mais de 300 mil habitantes aptos a votar terão que escolher quem melhor entenderão para governar a cidade com a maior economia e população do Espírito Santo. Mas, até chegar às urnas, as principais decisões estão nas mãos dos líderes políticos e dos partidos, que devem iniciar, após o carnaval, o afunilamento das decisões destinadas ao contexto em que o eleitor irá votar.
Até o momento, a decisão mais importante está nas mãos do atual prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT): candidatar-se ou não à reeleição. Embora o meio político da Serra considere sua candidatura como certa, ainda não houve confirmação oficial da parte dele. Ao ser eleito prefeito em 2020, Vidigal afirmou que não tentaria a reeleição em 2024, mas ultimamente tem sinalizado o contrário. Seu argumento é claro: ele acredita que a Serra pode retroceder sem sua liderança.
Vidigal esteve na sede do Jornal Tempo Novo na última quarta-feira (03) para participar de um podcast. Na ocasião, ele criticou o que considera serem narrativas eleitorais criadas para prejudicar a imagem de seu governo. Embora não tenha mencionado nomes, é possível que estivesse se referindo ao deputado Pablo Muribeca (Republicanos) e/ou ao ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), já que ambos são os dois pré-candidatos que tem feito fortes críticas a Vidigal, em especial o primeiro.
Vidigal acredita que, até o momento, os nomes apresentados levantam dúvidas quanto à capacidade de gestão pública e eficiência administrativa. “A cidade encontrou seu caminho, e isso não foi uma tarefa fácil; foi à custa de muito planejamento. Quando entrei, peguei cinco folhas salariais atrasadas. Na época, havia sido aprovado o plano de cargos e salários, acreditando que a inflação iria compensar, mas isso não aconteceu e o reajuste se tornou impagável”, lembrou.
Vidigal disse que, embora a Serra tenha um orçamento global grande, quando observado pela ótica da proporcionalidade, passa a ter um dos menores orçamentos per capita do Espírito Santo. “A Serra não tem o direito de estar desorganizada, pois podemos ter dificuldades em garantir medicação, exames e prover assistência. Para se ter uma ideia, ajudamos mais de 5 mil famílias em situação de vulnerabilidade, e temos também o Programa Nutri-férias, que permite que os alunos continuem se alimentando durante os períodos de férias escolares.” Vidigal mencionou ainda que a Serra está passando por uma mudança no perfil da população, que tem envelhecido e gerado maior demanda. “Não temos o direito de andar para trás. E se não escolhermos nossos representantes de forma adequada, podemos sim retroceder”, afirmou.
O prefeito afirmou ainda que a Serra precisa continuar atraindo novas empresas e negócios para que a receita orçamentária acompanhe o crescimento da demanda pública. Para isso, Vidigal defende a manutenção de um ambiente de negócios favorável e avanços ainda maiores na segurança pública, mobilidade urbana, saúde e educação: “tudo isso é avaliado pelo investidor”. Vidigal apostou que o setor de logística continuará potencializando a economia da Serra. Entre os desafios, acrescentou as incertezas em torno da Reforma Tributária. Segundo ele, a nova lei “não é nada mais do que a fusão de impostos”; ele não acredita que inicialmente haverá diminuição real da carga tributária e criticou isenções que põem em risco o orçamento das cidades.
“A Serra chegou a um patamar de conquistas que, se errar agora, perderemos investimentos na cidade”, disse. Sobre a eleição, o prefeito afirmou que vai “chamar a sociedade para discutir um novo planejamento estratégico para a cidade, para entender quais são as novas perspectivas que temos… Muita coisa mudou, como a Reforma Tributária, o crescimento populacional, mudanças econômicas, a inauguração do Contorno do Mestre Álvaro e a municipalização da atual BR-101”.
Mas eis que o prefeito sinalizou fortemente que de fato poderá ser candidato à reeleição. “Quando você administra a cidade por tanto tempo, ela se torna como alguém da sua família e você sempre quer o melhor para a sua família. Claro que essa é uma possibilidade que pode ser discutida [ser candidato], desde que haja concordância da sociedade (…) é uma decisão que ainda não tomei. Eu gostaria de ser substituído por alguém ainda melhor, mas seria irresponsável ficar de braços cruzados vendo a cidade potencialmente regredir, algo que pode acontecer”, disse.
Vidigal criticou ainda que parte do eleitorado adotou “um critério de voto baseado em narrativas”. Ele defendeu que o eleitor avalie “os conteúdos das pessoas, o histórico de vida, o currículo de cada um”. “Cabe a todos os nossos cidadãos que querem o bem para a Serra trabalhar para conscientizar aqueles que estão influenciados pelas narrativas políticas. Pautas de costume não enchem barriga de operário, não garantem escola de qualidade e saúde para ninguém, não asseguram emprego…”, disse.
Vidigal ainda exemplificou: “com as redes sociais uma fala positiva engaja muito menos do que uma fala negativa. Por exemplo, as três UPAS esse mês fizeram 50 mil atendimentos, no ano fizemos 600 mil. Mas se você pegar 100 pessoas reclamando, causa um barulho muito maior”, completou.
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