Ayanne Karoline
Quem buscar atendimento em uma das quatro unidades do Conselho Tutelar na Serra vai encontrar a porta fechada. Isso porque, desde a última terça-feira (10), devido à falta de segurança, os funcionários optaram em atender apenas casos de urgência e emergência. A solicitação de um segurança patrimonial foi feita à Prefeitura há cerca de um ano.
De acordo com a coordenadora do Conselho Tutelar na Serra, Andrea Aparecida Moreira Gomes, a Prefeitura da Serra reconheceu a necessidade de um segurança no local e prometeu que profissionais seriam disponibilizados até o dia 20 de maio de 2017. “Isso não aconteceu! Estamos com várias ocorrências de agressões e ameaças. Por lidarmos com atendimentos de famílias de bairros envolvidos com a violência, isso é muito recorrente”, explicou.
Segundo Andrea, mesmo com o fechamento, os conselheiros seguem atendendo casos emergenciais. Para isto é preciso que o solicitante ligue para os números de telefones que estão fixados nas portas nas unidades de Serra Sede, Laranjeiras, Manoel Plaza e Jacaraípe. A coordenadora explicou que os próprios conselheiros fazem a triagem dos casos que podem ser atendidos.
Andrea disse ainda que um ofício foi entregue à Prefeitura, Ministério Público e órgãos competentes para informar da paralisação das atividades no prazo de dez dias, mas, nada foi feito. “Isso envolve a nossa vida. Como vou garantir a segurança de uma criança ou adolescente se não consigo garantir a minha segurança?”, questiona.
E a segurança não é a única reivindicação. Andrea conta que faltam itens de estrutura, funcionários e até mesmo material de escritório. “Para se ter ideia, os cartazes para informar a população sobre a paralisação dos serviços foram feitos à mão, pois estamos sem impressora”, diz.
Por meio de nota, a Secretaria de Assistência Social da Serra informou que está ciente da decisão do fechamento das quatros regionais do Conselho Tutelar pela diretoria do órgão, que é independente. Informou ainda que tomará todas as medidas cabíveis e necessárias para que o atendimento junto à população seja regularizado pelo Conselho. Segundo a nota, representantes da secretaria vão se reunir com a presidência do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente para discutir uma solução para a questão.