O projeto de escola de tempo integral, apresentado pelo governo pemedebista do ES, está no estaleiro. Mas vai se recuperar. Não sem antes passar pelos ajustes necessários. Não sem antes explicitar aos pais& mães, professores & professoras, alunos & alunas do que se trata o projeto. E não sem antes garantir a capacidade física dos equipamentos escolares, a qualificação dos profissionais de secretaria, pedagogia, higiene e de segurança.
A mais invejada e inovadora experiência desse campo está no Estado de Pernambuco. Lá, do agreste ao litoral, da zona canavieira à metrópole, o projeto é sustentado pela parceria Estado & Sociedade. Aí a escola é vivíssima.
O conselho de escola atua hierarquicamente acima da direção escolar. A interação social comunitária é intensa: escolha dos dirigentes, utilização dos prédios escolares para atividades comunitárias, esportivas e culturais; e de campanhas humanitárias e de exercício da cidadania.
Dotados de tecnologia pedagógica, os centros de ensino se constituem importantes núcleos de vivência comunitária. A escola é o templo e referência da organização social em seu entorno.
Isso na terra de Paulo Freire, o mais venerado educador brasileiro que emprestou nome e método para que o Estado batesse recordes no combate ao analfabetismo. E recordista entre as menores taxas de abandono escolar, nas séries do ensino fundamental, no médio e no profissionalizante.
Mas nada foi a galope, no facão e sem etapas. Primeiro o projeto foi gestado no núcleo de excelência da Universidade Estadual de Pernambuco, para em seguida ser instruído, treinado, capacitado, sensibilizado e aplicado na parceria governo e comunidade escolar.