A Síndrome do Ovário Remanescente (SRO) deve ser suspeitada quando as gatas continuam a demonstrar comportamento de cio após a castração, sendo uma das complicações da castração.
Nesta síndrome ocorre a permanência de uma fração do tecido ovariano após a ovário-histerectomia, que se torna funcional (funciona normalmente como um ovário que não foi retirado) devido a revascularização, ocasionando o proestro/estro e pseudo gestação.
Outras causas dessa síndrome são a presença de um ovário acessório, e excesso de administração de estrógeno.
Os felinos são mais susceptíveis a SOR comparada com cães, e comumente suas causas estão relacionadas a remoção cirúrgica incompleta, presença de tecido ovariano causada iatrogenicamente e a presença de um ovário acessório.
Nesses casos o animal apresenta os sinais habituais de cio e as citologias vaginais durante os sinais clínicos são compatíveis com a fase de estro.
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A ultrassonografia permitirá a detecção do tecido ovariano, no entanto a falha na detecção desse tecido não exclui sua presença.
É importante que o(a) médico(a) veterinário(a) exclua outras causas e diagnósticos diferenciais que possam ser confundidos com a síndrome do ovário remanescente e que resultem em sangramento vaginal, tais como neoplasias, vaginites, piometra de coto de cérvix uterino, traumatismos, terapias exógenas de estrógeno, coagulopatias, ovário supranumerário, ovário acessório, hiperatividade da glândula adrenal e tumor que secretor de estrógeno. Porém, algumas dessas condições são bem mais raras.
O tratamento se baseia na laparotomia exploratória e o prognóstico é bom.