A piometra é uma infecção que podem desenvolver as fêmeas de algumas espécies de mamíferos, como as gatas, cadelas, furões e porquinhos-da-Índia, e consiste no acúmulo de pus dentro do útero, causado pela presença de bactérias.
É uma doença somente de gatas inteiras (não castradas) e pode ser fatal, já que as complicações envolvem o aparecimento de peritonite e septicemia.
Ocorre em gatas de qualquer idade, independentemente se já teve crias, ou não. O uso de progestágenos (injeção “anti-cio”) para inibir o estro (cio) é um fator alto de risco para o desenvolvimento da doença.
Dependendo das características da evolução da doença, ela pode ser dividida em dois tipos:
Piometra aberta: quando o colo do útero está aberto. Nesse caso, há extravasamento de secreção de líquidos (pus normalmente), e, geralmente, é uma condição menos agressiva do que a piometra fechada. Principais sintomas: secreção vaginal, odor fétido, letargia, poliúria (urinar muito) e polidipsia (beber muita água), febre (pouco comum), vômitos e diarreia.
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Piometra fechada: é quando o colo do útero está fechado. Quando isso ocorre, há um maior acúmulo de líquidos no interior do útero, levando a consequências mais graves, inclusive com o rompimento do útero, em casos mais extremos. Principais sintomas: letargia, perda do apetite, febre, vômitos e diarreia.
O diagnóstico se dá pelo exame clínico, laboratorial e de imagem feitos pelo médico veterinário, e o tratamento será cirúrgico (castração). O animal deverá ficar internado para o tratamento médico (fluidoterapia, antibióticos, antiinflamatórios, dentre outros).
O prognóstico dependerá do quadro clínico e da evolução da doença, mas normalmente é bom.