A transfusão sanguínea em felinos tem se tornado mais frequente na rotina clínica, apesar de sabermos que em cães os processos que viabilizam a transfusões são mais fáceis do que em gatos devido a baixa disponibilidade de doadores, bem como o manejo para a coleta do sangue do doador, visto que quase a totalidade deles precisam ser anestesiados para que façamos uma coleta segura e com o volume desejado.
Ela é considerada uma forma de transplante, onde o sangue é transplantado do doador para o receptor, utilizada geralmente em casos de anemia, hemorragia, coagulopatia ou hipoproteinemia. Após ser coletado do gato doador, o sangue pode ser imediatamente transfundido em um animal receptor.
Apesar de termos bancos de sangue de gatos no Brasil, isso ainda é privilégio de grandes centros urbanos, que infelizmente não faz parte da nossa rotina no estado do Espirito Santo.
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Os felinos possuem tipos sanguíneos semelhantes ao sistema ABO dos humanos, porém sem a existência do fator Rh. Os grupos sanguíneos dos felinos são constituídos por tipo A (mais frequente), tipo B (presente em algumas raças puras) ou tipo AB (raro).
O tipo sanguíneo A é o mais comum em todo o mundo e abrange cerca de 95% da população felina mundial; em algumas raças, acredita-se que que 100% dos gatos sejam do tipo A (p. ex., Siamês, Oriental, Tonquinês).
O tipo sanguíneo B é menos comum, abrange aproximadamente 4% da população, e ocorre em algumas raças de pedigree, especialmente British Shorthair, Devon Rex, Maine Coon, Abssínio e Somali.
O tipo sanguíneo AB é muito raro (< 1%).