Você sabia que os gatos podem ser amigos ou inimigos uns dos outros?

Os sinais de amizade ou inimizade são sutis para os leigos, mas são de extrema importância serem reconhecidos para que haja um manejo adequado desses animais.

Antigamente acreditava-se que os gatos eram animais solitários, sem laços sociais, exceto durante a cópula e a fase de cuidados da mãe para com os filhotes. O fato é que embora alguns indivíduos prefiram a vida solitária, também são formados grupos sociais entre eles. Isso faz com que sua organização social seja bastante complexa.

Uma colônia na natureza é de estrutura matriarcal e o comportamento cooperativo ao cuidar da ninhada é de competência das fêmeas inteiras (não castradas), sendo que é incomum o macho ter participação no cuidado com os filhotes e na defesa do núcleo familiar.

Quando esses animais são castrados, essas relações matriarcais ocorrem mais, sendo então estabelecidas por graus de amizade entre os indivíduos, independente de sexo ou de grau de parentesco.

Em colônias estruturadas, as brigas são raras, mas em colônias de confinamento impostas geralmente ocorrem comportamentos agressivos e territoriais.

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Percebe-se quando os membros de uma colônia se aceitam pois têm os devidos comportamentos: relações de afeto e vínculos demostrados pelo comportamento de grooming, esfregam-se uns nos outros, cumprimentam-se com o toque e nariz, dormem juntos, realizam atividades cotidianas juntos, etc.

Do outro lado, se essas relações aflitivas não se estabelecem, esses tipos de comportamentos não são observados, e em casos extremos ocorrem relações de brigas e conflitos, como por exemplo o bloqueio das passagens por algum gato, bloqueio de recursos, bufar, tapas, silvos, e até agressões sérias.

É importante ressaltar que quando ocorrem os combater mais sérios, esses são muito graves, pois por sua natureza os gatos evitam o combate físico, e este ocorre quando a situação está insustentável no ambiente.

Importante salientar que os lares com colônias que foram escolhidas pelos tutores, e não pela vontade dos próprios animais em permanecer ou não naquele ambiente, são aqueles lares que podemos encontrar maiores problemas de comportamento.