Vereadores apontaram esvaziamento nas galerias da Câmara da Serra e clamaram por mais presença popular. Fica a pergunta: como pode o trabalhador estar presente à Câmara se a sessão começa às 16h, em pleno horário comercial? Lembrando que esse horário foi estabelecido pela ex-vereadora Neidia Maura (PSD) durante a paralisação da Polícia Militar, em fevereiro de 2017, e mantido pelo atual Mesa Diretora.
Rumo a prefeitura
Na última quarta (27), o Tempo Novo publicou no site uma enquete com a pergunta: “Se as eleições fossem hoje, em qual desses nomes você votaria para prefeito da Serra?”. A audiência foi expressiva. Durante aproximadamente 16h em que a enquete ficou disponível, foram ao todo 5.013 votos. Foram cotadas 10 pessoas e os critérios foram: 1 – já demonstraram em conversas com a reportagem do jornal a possibilidade de serem candidatos; 2 – são atores políticos presentes nas rodas de conversa de bastidores e/ou nos seios partidários com fortes chances de efetivamente serem nomes viáveis.
Na pole de enquete
O resultado da enquete ficou assim: Bruno Lamas (PSB) em 1º, com 23%; seguido do Coronel Nylton Rodrigues (sem partido), com 20%; em 3º apareceu Cabo Porto (PSB), com 14%; na 4º posição, houve empate entre Sérgio Vidigal (PDT) e Vandinho Leite (PSDB), ambos com 12%; após estes, estão Carlos Manato (PSL), com 7%; Alexandre Xambinho (Rede), com 5%; Amaro Neto (PRB), com 4%; Luciana Malini (sem partido), com 2%; e, por último Rodrigo Caldeira, com 1% (Rede).
Me incluam nisso
O secretário de Serviços, Igor Elson, já tem o seu fã-clube. Várias lideranças comunitárias acionaram a redação pedindo para colocar o nome dele na enquete de pré-candidato a prefeito. Eles alegaram que o “trabalho sério e ostensivo” que Igor vem desenvolvendo à frente da Sese o qualifica para ser candidato a prefeito na eleição do ano que vem. A ex-vereadora Sandra Gomes (Rede) também entrou em contato para lembrar que ela pode ser candidata.
Sem ciência, mas consciência
Vale ressaltar que esse tipo de enquete não contempla métodos científicos, próprios das normativas das pesquisas eleitorais. Portanto, não deve ser usado como ferramenta oficial ou formal para medir intenções de voto, tratando-se pura e exclusivamente de fomentar o debate democrático.
Daniel e leões da cova
Pelo visto, a Serra tem um motorista especialista em finanças públicas: trata-se de Daniel Ribeiro Luz. Isso porque ele fez uma denúncia de supostas irregularidades fiscais na prefeitura, o que acarretou a abertura de oito comissões de investigação. Além de motorista de profissão e craque em finanças públicas, curiosamente Daniel também já foi assessor de um vereador até agosto do ano passado. Para a oposição, que articulou a instalação das comissões, a denúncia é extensa e, por isso, tantas frentes de investigação. Já outros parlamentares acusam manobra para perseguir o prefeito Audifax Barcelos (Rede). Lembram que, por regra, os membros das comissões têm que ser escolhidos por sorteio; e com mais comissões, as chances de a oposição ocupar espaços mais vantajosos são, naturalmente, maiores.
Ditadura festiva
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) entrou na briga contra as comemorações pelos 55 anos do golpe de 31 de março de 1964, conforme propôs o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). O órgão recomendou às Forças Armadas no Estado, às polícias Civil e Militar e ao Corpo de Bombeiros que se abstenham de promover qualquer comemoração em alusão ao golpe militar. Conforme documento emitido pelo MPF, qualquer manifestação em comemoração à data será considerada violação à ordem jurídica brasileira e a Constituição Federal.