Por Ana Paula Bonelli
Já está se tornando uma cena comum passar de carro ou até mesmo caminhando e se deparar com um animal silvestre machucado e até atropelado nas ruas de bairros e balneários da Serra.
Na segunda-feira (14), um grupo de voluntário do Instituto Brasileiro de Fauna e Flora – Ibraff, de Jacaraípe, resgatou mais um animal que se encontrava em risco na Serra.
Desta vez foi em Nova Almeida. A vítima foi uma ave conhecida como Savacu-de-coroa que vive em manguezais, pântanos e várzeas próximas da costa.
Segundo Claudiney Rocha, o resgate foi feito por uma equipe de guarda vidas. “O animal estava bastante debilitado, com ferimento na perna direita aparentando ser uma pedrada. Como o Centro de Triagem de Animais Silvestres da Serra não está recebendo animais por estar em reforma, estou com a ave abrigada em minha casa”.
O destino da ave tem que ser o Cereias – Centro de Readaptação de Animais Selvagens -, mas como os voluntários não possuem veículo para chegar até o Centro que fica em Aracruz o animal está recebendo os cuidados necessários na residência de Claudiney.
“Estamos cuidando dela e já aparenta melhoras. Precisávamos da ajuda de um veterinário voluntário para analisar melhor o animal”.
Claudiney disse ainda que a Savacu se alimenta tanto de dia quanto de noite, em bandos ou sozinha e sua dieta é variada, mas a preferência da ave são caranguejinhos encontrados no mangue.
“Só este mês já fizemos quatro resgates. Mas pegamos cobras, gambás, jacarés, macacos e corujas”.
Para continuar o trabalho o Ibraff precisa de ajuda. Quem quiser pode ajudar por deste link ou doar qualquer quantia que será utilizada para compra de luvas, caixa, cambão (uma espécie de gancho), entre outras necessidades. O link do Ibraff no Facebook é o https://www.facebook.com/ibraffoficial.
Na tarde desta quarta-feira (16), uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente da Serra, esteve na casa de Claudiney e levou a ave, juntamente com outros dois jabutis para o Cereias em Aracruz, onde deverão receber cuidados veterinários e posteriormente serem reintroduzidos à natureza, caso seja possível.